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Contraplano

Esta apresentação rolou ontem, dia 29/03, no Centro Cultural dos Correios. Aqui, reproduzimos parte dela. A ideia foi brincar com aquilo que se pode ou não capturar num recital. Começou com uma conversa nossa, que tinha sido gravada minutos antes do recital. Essa conversa foi exibida antes de nossa entrada no ‘palco’. Em seguida, fizemos a leitura de outros textos que havíamos pensado para o recital. Isso foi gravado ao vivo e repetido logo na sequência de nossa leitura, de modo que as pessoas viram o mesmo texto em dois planos. Ao final, lemos, sem gravar nada, o poema Sentimento Súbito, de Lucila Nogueira. O presente vídeo não consegue capturar a experiência de quem assistiu ao recital, mas fica a ideia.

A presidenta búlgara

Aqui, em Sófia, o Parque da Liberdade continua tomado por búlgaros. E esses búlgaros são uns urubus. Eu, altamente versada em artes como sou, sei que eles são umas pedras. É fato que, tem hora, as pedras se movem. Mas movem-se como que se espreguiçando, depois voltam ao sono profundo. É um embuste, um poema, uma sacanagenzinha. A gente fica de olho, nós, espertos entendedores das artes universais e do que de fato importa na cultura pop, nos alegramos e logo, decepcionados, voltamos à mórbida vigília.

Aqui, em Sófia, só há vigília. Porque até aqueles que não sabem de absolutamente nada, se acham pertencentes a algum relevante grupo ou movimento. Muito disso ocorre por uma fingida e real verdade, que é transmitida pelo boca a boca, de que aqui mora a vanguarda da arte, todos aqui são entendedores do regional e da cor do mundo. Tem quem é da poesia popular, quem seja da poesia urbana, quem é da poesia acadêmica e a turma da poesia da fornicação. Todos sérios em seus exércitos, grilhões de liberdade.

Aqui, em Sófia, a presidenta é búlgara. Não parece que os búlgaros estejam, assim, entusiasmados com a eleição da primeira presidenta, tirando uns velhos medalhões da cultura velha que, seqüestrados da arca, pronunciaram-se publicamente durante a campanha política. Assisti na internet todo o discurso da presidenta, eleita ontem. Um discurso humilde, claro e objetivo, para uma presidenta. Apesar de pequenos trechos de má leitura, especialmente no desfecho. Mas não é isso o que interessa, mesmo. Fiquei de olho numa mocinha loira logo ao fundo, à direita da presidenta. A mocinha loira estava lá, relativamente compenetrada, por toda a quase meia hora de discurso. Muito séria, olhava pra baixo, parecia tímida ou desinteressada pela maioria dos pontos reiterados à população como, por exemplo, a incrível erradicação da miséria no país. A mocinha loira vestia uma camisa vermelha com a foto da presidenta estampada, uma foto da época em que a presidenta fazia parte de um grupo de socialistas que enfrentava a ditadura. É uma foto interessante, a presidenta jovem, sisuda, óculos de aro grosso, muito parecida com a de tantos intelectuais que foram pegos pela repressão ultraconservadora. A foto estampada na camisa, em preto e branco, com aquele tipo de efeito queimado, borrado, meio pop art, que grava à imagem um aspecto mítico e popular. Isso é bem curioso e búlgaro, talvez algo bastante comum aqui no leste europeu. A presidenta tem sim um histórico de militância e dor muito real e simbólico, assim como tantos outros dessa época, de épocas remotas, de hoje, mas só. Daí a ser mítica e popular, falta a vida vivida, a narrativa que circunda e incorpora esse acontecimento. Ou talvez não falte nada. Pode ser que haja algo nisso tudo que sobre, que exceda. A mocinha loira (não sei se ela é uma personagem conhecida aqui na Bulgária, deve ser, me perdoem pelo miolo duro) expressou uma reação mais aguda quando a presidenta citou a tal passagem pela prisão da ditadura. Era como se ela esperasse apenas por esse momento, como se ela fatiasse aquele “palavrório” e o capsulasse em menos de um minuto, engolisse a pílula como quem toma um ácido e justificasse esse e tantos outros momentos de militância. Esse vídeo, por várias razões, me entristeceu muito. E há tantas belezas aqui na Bulgária! Vocês, aí, não conhecem nada. E nem adianta ir pro Google Street View, lá não se vê nada. Salve Calvino! Aqui é tão bonito, mas também há tanta vigília. E como há vigília, meu Deus!

Aqui, em Sófia, no Parque da Liberdade ainda há muitos búlgaros. Não os compreendo em quase nada, mas espero de verdade que, ao menos, um dia, eles entendam o que acabo de escrever.

P.S.: Pra quem achou que esta postagem foi muito séria e isso pode prejudicar a minha popularidade, já que, comparada com outros textos meus, não há uma unidade de voz narrativa e, portanto, uma identificação confortável ao leitor que costuma (ou tenta) acessar esta página: quero que você passe mal! Ah! Artur, Bruno e Wellington, vocês são maus! Vocês são presidentas!

3 vezes Grande

Hoge o grupo literário Urros Masculinos viaja para Arcoverde para partiçipar da mesa “Conversa de cafuçu”, con Pedro Américo de Farias e Marco Polo Guimarães.

Após o bate-papo, o Urros faiz uma de suas apresentações esporádicas e cabeçudas. O título desta apresentação é “Três vezes grande!”, numa referência ao deus Hermes Trismegisto, seja lá quem ele for.  ‘A nossa apresentação fala sobre o claro e o escuro na arte. Como (não) se entende uma obra, um texto, um artista. O que é “difícil” e o que é “fácil”. Será que a poesia do sertão é fácil? Será que se escreve “fácil” hoje? Será que escrever “difícil” é a falta de talento para se escrever “fácil”? Popular e erudito? Burguês e do povo? Literatura popular? Escrever literatura? Não escrever?’, revela Artur Rogério, um dos integrantes do Urros. Me pagar a acessoria de imprença eu que faço, isso eles não pagam, né? Tudo bem, eu aprendo um dia. Fazer MBA nos EUA para nada, para servir de capaxo desses caras. Deus tá vendo. Ou Hermes Trismegisto.

Essa apresentação, segundo o Urros, terá surpresas cibernéticas e figurinísticas, mas só quem estiver no Portal do Sertão, jornada literária organizada pelo SESC, vai saber. Entrada Franca. Ah, a coisa toda rola no SESC de Arcoverde.

Jornada Literária Portal do Sertão, promovida pelo SESC, conta com a participação do grupo Urros Masculinos.

Dentro da programação da Jornada Literária Portal do Sertão, promovida pelo SESC – Pernambuco, o grupo literário Urros Masculinos, formado por Artur Rogério, Bruno Piffardini e Wellington de Melo, participa em dois momentos.

No dia 14 de outubro, Bruno Piffardini participa de uma conversa intitulada Poesia na roda: poetas visionários e marginais. Será um encontro entre associações literárias e culturais, entre elas: Sapecas, Acordes, Cabeça de Rato, Tropa do Balaco Baco e Jornal de Poesia Renascer. Bruno participa do encontro levando para o Sertão a experiência da FreePorto – Festa Literária do Recife, que acontece entre 3 e 5 de dezembro no Recife Antigo. A roda acontece às 10h, na Fábrica das Artes em Sertânia.

No dia 22 de outubro, a partir das 19h30, o grupo participa na AESA de Arcoverde da mesa Conversa de cafuçu – palavra bruta, com participação também de Raimundo Carrero, Pedro Américo de Farias e Marcopolo Guimarães. Logo após rolará uma apresentação inédita do Urros Masculinos, que promete uma participação inusitada de um de seus membros. A programação completa da Jornada Literária Portal do Sertão pode ser encontrada no endereço: http://www.sesc-pe.com.br/jornada/programacao.php

SERVIÇO

URROS MASCULINOS NA JORNADA LITERÁRIA PORTAL DO SERTÃO

14/10 – 10h – Fábrica das Artes – Sertânia

22/10 – 19h30 – AESA – Arcoverde

Entrada franca

Informações: http://www.sesc-pe.com.br/jornada/programacao.php

ASSESSORIA: Wellington de Melo (81) 9278-0618 / 9293-0157

 

Dilma Rousseff ou José Serra? O Brasil é cu sangrando mesmo, vai te foder! Tou voltando com o Fofoca na Lan House e digo desde já que não apareci aqui antes porque tava sem patrocinador e não vou trabalhar pra nenhum filho da puta pobre não. Aqui é assim. Se não tem dinheiro, não tem fofoca. Se não tem dinheiro, não tem texto. Se não tem dinheiro, ninguém escreve nessa merda. Se não tem dinheiro, ninguém vira escritor nem bosta nenhuma. Se não tem dinheiro, ninguém tem amigo nessa porra! Se não tem dinheiro, não tem inteligência. Se não tem dinheiro, não tem Bienal, Fliporto, Freeporto, A letra e a voz, o caralho a quatro. E tu, nem tem dinheiro e fica perdendo tempo entrando em blog de negócio de literatura. Vai tomar cu! Vai pra puta que o pariu! Artur, Wellington e Bruno são três filhos da puta que pensam que negócio de literatura é pra vender e o cacete. LITERATURA MESMO cadê? Rárárárá! Bom mesmo é aquele cara da Universidade Federal, aquele que escreve assim, bem bonitinho, os peixinhos, cheio de dinheiro e de inteligência. Não posso falar o nome dele, mas ele é que é foda. Eita! Já ia esquecendo um negócio… Esqueci. E pim.

Eu soube que Bruno Piffardini tá lá em Arcoverde. Vocês sabiam que ele anda solteiro? Pois é… E quem agüenta aquele indivíduo, mercenário das belas letras, traidor do meio acadêmico ô iá iá? Pois é, minha filha. Tá por aí numa politicagem que só vendo. Esse paulista que subiu de vida e foi morar onde? Aqui, em Recife, a cidade dos Moura Dubeux e do PT. Pois é, pois é, pois é. Isso, isso, isso. O tempo passa e ele continua igual, magrinho, magrinho, roupinha preta e cabelão Bethânia. Tudo criado por marketeiro, meu bem. Digo logo. Já disse.

Wellington é outro. Professor e o caralho. Fez um projeto chamado Laboratório que eu nem sei o que era. Nem interessa. O que ele queria era fazer política, encher os bolsos de dinheiro, estufar a conta bancária. Tá aí, sócio de bar chique, sócio de não sei o quê e embolsando todo o dinheiro da Freeporto, esse evento cafona e imaturo (para utilizar um termo de um grande pensador recifense). Wellington, meu bem, tá morando num apê lá em Boa Viagem, trocou de carro, só usa roupa de marca, tem três celulares e o cacete. Bem vindo à Freeporto!

Artur é o veado, né? Todo cabeludo, buchudo de cerveja. Tomou no cu o ano todo lá no IBGE. Se fodeu! Kkkkkkk! É esse o censo demográfico que você quer? Um bêbado barbudo maconheiro cheirador de pó fumador de crack dador de cu e o caralho? “Você responde e o Brasil corresponde”, já ouviu? É o Censo 2010 batendo na sua porta! Rárárárárárá!!! Tá morando em Afogados com um tal de Marquinhos. Ã rã, Marquinhos, Marquinhos. Sei não. Não sei. Deve ser caso, né? Coitado desse Marqueeeenhos.

Olha, tou cansada. Voltar a este trabalho imundo dá uma canseira na buceta que vou te dizer… Espero que tenham gostado das novas fofoquinhas. Já já volto e desço o pau nesse eventinho podre. Ah! É a própria Freeporto que voltou a me patrocinar, então quase tudo isso aqui também é inventado e vendido. Eu sou inventada e tal. Por pura insegurança, Artur Rogério me inventou pra ocupar o espaço dos críticos que perdem tempo falando dessa merda. Insegurança, IMATURIDADE. Eita! Já disse. Fodam-se!

 

Margareth Rosas

A fofoca na lan house.


 

Agenda do Urros

O Urros Masculinos participa da Jornada Literária Portal do Sertão, promovida pelo SESC, em dois momentos.

No dia 14 de outubro, Bruno Piffardini participa de uma conversa intitulada Poesia na roda: poetas visionários e marginais. Será um encontro entre associações literárias e culturais, entre elas: Sapecas, Acordes, Cabeça de Rato, Tropa do Balaco Baco e Jornal de Poesia Renascer. Bruno participa do encontro levando a experiência da FreePorto para o Sertão. A roda acontece às 10h, na Fábrica das Artes em Sertânia.

No dia 22 de outubro, a partir das 19h30, o grupo participa da mesa CONVERSA DE CAFUÇU, PALAVRA BRUTA, com participação também de Raimundo Carrero, Pedro Américo de Farias e Marcopolo Guimarães. Logo após rolará uma apresentação inédita do Urros Masculinos.

Quem estiver pelo Sertão na jornada, não perca. Ou perca, fazer o quê?

Tão fazendo uma flashmob na Bienal de São Paulo este ano. Unxe, a gente já fez no ano passado por aqui. E aí?

Para quem quer ver em Sampa: segue o link:

http://www.substantivoplural.com.br/flash-mob-na-bienal-de-sao-paulo/

Panela de Chá